domingo, 23 de maio de 2010

Análise do Final Fantasy:Dissidia - [PSP]

Ficha Técnica


Fabricante: Square-Enix
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Lançamento: 25/08/2009
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Distribuidora: Square-Enix
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Suporte: Cartão de memória



Uma das maneiras fáceis e seguras de garantir o êxito de um jogo de série consagrada é apelar à nostalgia. A onda retrô continua tomando de assalto o mercado de games, dando oportunidade para releituras e homenagens boas e ruins terem vez de brilhar.

"Final Fantasy Dissidia" faz parte deste grupo de produções, optando pela fórmula consolidada pela série "Super Smash Bros.": juntar personagens famosos em lutas frenéticas.

Apesar do conceito soar um bocado como caça-níquel, entra em cena aqui o tradicional esmero da Square Enix, que fez de "Dissidia" um pacote repleto de conteúdo e referências que o tornam tanto um título que agrada fãs apenas pelas citações (o chamado 'fan service') como também se justifica como game de luta.


Nostalgia e competência


Comparei "Dissidia" com "Smash Bros." e, de fato, o título de PSP lembra muito "Brawl", versão mais recente da série da Nintendo lançada em 2008 para Wii. Uma batalha de proporções magnânimas afeta todos os principais universos de "Final Fantasy". A deusa da ordem e paz Cosmos reúne dez heróis para enfrentar Chaos, deus da discórdia, que por sua vez junta dez vilões.
Respectivamente, todos são os personagens e antagonistas principais dos episódios de I a X de "Final Fantasy" - sendo que há dois lutadore secretos, um de "FF XI" e outro de "FF XII", homenageando assim todos os capítulos já lançados da linha principal.

AS lutas em si, contudo, remetem a títulos da série "Dragon Ball", primando por movimentos velozes, golpes exorbitantes e combates aéreos. A princípio o sistema parece mero esmagamento de botões, mas trata-se de uma mecânica refinada concebida pela Square Enix. Sim, tal qual em "Smash Bros." é possível apenas apertar botões a esmo e sem muita estratégia para se divertir e vencer lutas. Porém, quem se aventurar nos detalhes encontrará um esquema profundo e equilibrado, que permite uma ampla variedade de estratégias. Ou seja, são controles divertidos tanto para quem busca diversão simples como aqueles que buscam a mesma complexidade típica dos episódios da série.

Há inclusive uma configuração de controle que substitui os comandos de ação em tempo real típicos de luta por ordens via menu, tal qual nos próprios jogos da franquia. Soa como mera perfumaria, mas até isso funciona bem e concede uma nova forma de encarar "Dissidia".
Cada lutador dispõe de golpes de tipos variados e tabelas de atributos (tal qual em um RPG). No modo de história (que organiza as lutas em um mapa, como uma espécie de tabuleiro) é possível acumular experiência e evoluir os guerreiros, adquirindo também novas habilidades e até mesmo equipamentos, adicionando diversas camadas extras de estratégia. Há dezenas de golpes e objetos para coletar, garantindo muitas horas de exploração e combates para aqueles que gostam de colecionar itens.

Fora isso, "Dissidia" conta com um sistema próprio de conquistas (como os Achievements e troféus de Xbox 360 e PlayStation 3, respectivamente), que prolonga imensamente a vida útil do jogo, oferecendo sempre algum novo desafio a completar. Por fim, encerrando a imensa variedade de conteúdo disponível, há também novas roupas, sons, ícones e outras bugigangas virtuais colecionáveis, todas disponíveis para comprar com pontos adquiridos quando se luta.

O modo de jogo com a história principal é acompanhado de um Arcade (no qual apenas se enfrenta inimigos em sucessão, sem um roteiro) e também opções de partida rápida (lutas simples) e Versus, para enfrentar amigos apenas em rede local, nada de online, infelizmente.

O visual honra a fama da Square Enix, sendo facilmente um dos mais bonitos do PSP. O nível de detalhes dos personagens beira o capricho visto em "Crisis Core" e a taxa de frames não engasga, garantindo embates rápidos e empolgantes mesmo em cenários amplos.

A trilha sonora, como já era de se esperar, recicla temas clássicos, introduzindo arranjos inspirados a eles. Não chegam a ser as melhores versões das canções, mas certamente encantam. Da mesma forma a dublagem oferece um mínimo de competência, mas sai prejudicada pelo fato de os diálogos nas cenas de animação serem bobos.




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